terça-feira, 6 de julho de 2010

Realização de um DAFO na Fazenda Morro Redondo

Roteiro turístico denominado Fazenda Morro Redondo – localizada no município de Barro Preto–BA) a análise do potencial turístico foi feita através da metodologia DAFO mostra que, apesar da potencialidade natural da região e do esforço político para que o roteiro turístico (ainda insipiente) se consolide, percebe-se que é necessário um investimento financeiro considerado, inclusive com uma significativa participação da iniciativa privada. A região precisa equilibrar os aspectos positivos existentes com as necessidades atuais. Entretanto, analisando especificamente dois pontos fracos, como é o proposto pela atividade, os que merecem destaques são respectivamente: o planejamento do turismo limitado e restrito a natureza e a falta de sensibilização da população local.

A Fazenda Morro Redondo e região do entorno possui vocação turística, potencial para atender os segmentos de aventura, cultural, ecológico, pedagógico. Possui ainda um estudo para eventual elaboração de um Plano de Desenvolvimento de Turismo condizente com as principais tendências mundiais, mas encontra dificuldades na gestão integrada, e deverá contar com o apoio e esforço gerencial da SEBRAE, pois as prefeituras locais ainda resistem em atuar em conjunto.


Como dito, a Fazenda Morro Redondo e região possui um potencial turístico forte, quando considerado como um conjunto. Os outros três municípios (Itajuípe, Coaraci e Itapé) constituintes desse pólo turístico em formação, se considerados integradamente formam um conjunto peculiar e um produto turístico diferenciado, já que os atrativos e recursos dos municípios envolvidos se complementam. Porém, mesmo considerando o conjunto de atrativos e recursos, a estrutura de apoio ao turismo é incipiente, principalmente no setor de hospedagem e alimentos e bebidas, sendo este o principal fator negativo do roteiro. É preciso, portanto, modificar a idéia de que a hospitalidade natural da comunidade e a vocação natural para o turismo são suficientes para a atração de turistas. Talvez até seja, mas em curto prazo esse processo pode ser fadado ao fracasso.

Neste sentido, se faz necessário que o engajamento de todos, comunidade, gestão pública, iniciativa privada e ONGs, para que haja de fato uma mudança qualitativa e quantitativa na estrutura de apoio ao turismo na região, ou seja, os investimentos têm que acontecer na direção das melhorias estruturais e capacitação/qualificação de mão-de-obra para o turismo. Espera-se ainda que sejam encontradas alternativas que minimizem as deficiências existentes, tais como no setor de hospedagem, com a criação de projeto de hospitalidade familiar como uma alternativa para ampliar o número de leitos na região e ainda envolver a comunidade no turismo.

Diante do quadro, se conclui que o planejamento do turismo limitado e restrito a natureza apenas, é um projeto com “vida curta”, por isso avaliamos a necessidade de criação de infraestrutura diversificada que apresente como pano de fundo os recursos naturais da região. Pode-se e deve-se trabalhar no contexto de um turismo histórico-cultural, de negócios, de lazer, etc., pode-se também planejar e estruturar uma central de reservas através de website do roteiro turístico e ainda uma central telefônica que atenda a agências, operadoras e ao turista.

O Roteiro escolhido realmente se configura como alternativa para a diversificação do turismo, precisa diversificar a sua oferta e que a região do entorno atenda a essa necessidade. Este roteiro não é um destino consolidado, embora acreditem que possa vir a se consolidar no mercado turístico por oferecer um produto diferenciado dos principais destinos do Estado da região sul. Essa alternativa representa exatamente fugir do formato sol e mar, amplamente explorado pelo turismo litorâneo nessa região, e o entorno do roteiro turístico escolhido possui vocação para atender pelo menos aos segmentos de turismo de aventura, cultural, ecológico, pedagógico e melhor idade com qualidade.

Entretanto, é necessário criar, ampliar e melhorar a estrutura de serviços de apoio ao turismo nessa região. Podemos ainda informar que o roteiro escolhido apresenta uma deficiência não apenas no setor de hospedagem, mas em equipamentos turísticos diversos, desde o entretenimento ao serviço de receptivo. Essa carência configura-se como uma das principais dificuldades no desenvolvimento do turismo nessa localidade e para sanar essa carência, é necessário promover melhorias nos equipamentos existentes, mas também atrair novos investidores, já que há necessidade de investimentos privados para promover melhorias na qualidade dos serviços. Assim devem-se desenvolver ações como: divulgar o potencial da região e capacitar os empreendedores para oportunidades de negócios ligadas à atividade turística, uma boa alternativa seria também conceder incentivos fiscais a novos investidores.

Em relação a falta de sensibilização da população local, é uma situação relativamente fácil de se solucionar ou de amenizar, uma vez que as ONGs podem oferecer as condições necessárias para que a comunidade compreendam todo o processo e assim engajá-la na busca por melhores condições sócio-ambientais, com possibilidade do aumento do emprego e melhoria da renda, preservação e conservação da natureza. Incentivar hospedagens dos turistas em suas residências, não só para integrar a comunidade ao turismo local mas também como uma fonte de renda, acolhimento, integração cultural, diga-se de passagem que esse processo é uma prática muito comum em outros países.

Autor: RAIMUNDO ALVES DE SOUSA

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