terça-feira, 6 de julho de 2010

A importância de utilização de um DAFO

Em todo o mundo, observa-se a ascensão dos roteiros classificados como alternativos. Lugares novos, exóticos, diferentes, e principalmente, que oferecem ao turista um produto que tem algo a mais que o sol e o mar. Seguindo as tendências mundiais, o Brasil também passou a explorar novos roteiros, inserindo a cultura e a natureza nos destinos brasileiros. Observa-se a valorização da identidade nacional, das diferenças entre as regiões, e se cria um produto.

Os principais destinos do país abrem uma vertente para agradar aos turistas que buscam destinos diferenciados. E o Rio Grande do Norte participa desse processo identificando novos roteiros para uma demanda mais exigente.

Apesar da identificação de novos pólos de turismo no Estado, o mesmo ainda não possui um destino consolidado no interior. Devido a essa realidade, é necessário analisar o que é preciso
para consolidar estes roteiros e transformá-los em destinos.

O Ministério do Turismo iniciou o Programa de Regionalização do Turismo - Roteiros do Brasil, em 2004. Este consiste basicamente em estratégias para concretizar, no médio prazo, uma transformação na oferta turística nacional. Em um dos módulos operacionais do Programa, o Ministério do Turismo expõe uma estratégia de gestão com o intuito de criar novos produtos turísticos com qualidade e ampliar, diversificar e qualificar os já existentes, propiciando a inserção destes nos mercados nacional e internacional, o Ministério do Turismo, por meio do Programa de Regionalização do Turismo . Roteiros do Brasil, apresenta uma nova visão para a gestão pública do desenvolvimento do Turismo no Brasil.

O programa estabelece como uma de suas estratégias a roteirização turística como forma de organizar e integrar a oferta turística brasileira (MINISTÉRIO DO TURISMO, 2005, p. 1). O Programa de Regionalização do Turismo identificou, no Estado do Rio Grande do Norte, quatro regiões turísticas, das quais duas não fazem uso do turismo de .sol e mar. principal segmento do turismo desenvolvido e trabalhado no Estado. Segundo Fonseca (2005), o turismo no Rio Grande do Norte iniciou-se pela capital do Estado . Natal . e alguns municípios vizinhos.

Atualmente, além do pólo indutor Natal, há o pólo indutor do município de Tibau do Sul, mas a oferta turística potiguar consolidou-se no litoral oriental e tornou essa região um destino consolidado. Devido à ênfase nesse segmento de turismo, há uma necessidade crescente de ampliar a oferta turística do Estado além do litoral. No intuito de incrementar a oferta e elaborar novos produtos turísticos potiguares, o uso de espaços turísticos do interior é uma alternativa viável e já considerada pelo Programa de Regionalização do Turismo.

O artigo foi produzido pela autora Patrícia Daliany Araújo do Amaral que é Mestre em Geografia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte e Bacharel em Turismo pela mesma Instituição. Atualmente, é professora dos Cursos de Turismo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Universidade Potiguar, Faculdade Câmara Cascudo/Estácio de Sá e Faculdade de Ciências, Cultura e Extensão do Rio Grande do Norte, onde também é docente do Curso de Hotelaria. Também é Gerente de Desenvolvimento do Turismo da Prefeitura Municipal de Parnamirim.

O artigo visa discutir e entender como a Região do Seridó pode atuar como diversificador da oferta turística do Rio Grande do Norte. Identificar quais as ações necessárias para que o Seridó torne-se um produto turístico de qualidade e competitivo; avaliar os atrativos e recursos turísticos do Roteiro Seridó, identificando quais são suas fortalezas e debilidades, definindo a necessidade de infra-estrutura de apoio ao turismo que deve ser agregada aos recursos existentes no Pólo. Estudar as ações da gestão pública que precisam ser realizadas no processo de desenvolvimento do produto turístico da região.

As metodologias utilizadas incluem a pesquisa bibliográfica e a realização de entrevistas, e a pesquisa é do tipo qualitativa e utiliza a técnica DAFO. Tendo como referência a visão dos gestores e profissionais envolvidos no desenvolvimento do roteiro. Os resultados mostram que os atores do processo de desenvolvimento do turismo no Seridó reconhecem como principal debilidade a infra-estrutura turística dos municípios e a ausência de um planejamento integrado entre os municípios que compõem o roteiro.

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